tag:blogger.com,1999:blog-70926797383520374012023-06-20T21:00:10.459-07:00Oficina da LínguaAmbiente de apoio à qualificação de competências na utilização da Língua Portuguesa, em contextos de comunicação académica, profissional e empresarial, partilha de cidadania, qualificação da identidade.
Coordenação Manuel de Castro Nunes.Manuel de Castro Nuneshttp://www.blogger.com/profile/13895475298284976906noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-7092679738352037401.post-20792056895787735212010-11-22T05:33:00.000-08:002010-11-22T05:33:50.167-08:00Quem somos.<div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">Somos uma equipa de trabalho reunindo vários professores. O nosso projecto e a nossa intenção são a pesquisa e a prática de novas, dinâmicas e criativas formas de promover a solução de problemas estruturais na aprendizagem e na relação sócio-cultural dos alunos dos três ciclos da Escolaridade Obrigatória, melhorando os seus recursos no âmbito do uso da Língua Portuguesa.</span></strong></div><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;"></span></strong></div><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">A nossa experiência de trabalho no apoio a jovens cujo sucesso não se resolve no contexto da sua escolaridade formal tem cerca de trinta anos.</span></strong></div><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">Consideramos que a nossa actividade constitui um relevante serviço social, contra a exclusão, pela potencialização da pessoa e das suas aptidões específicas e pela equidade social.</span></strong></div><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">Os custos dos nosos serviços são regulados pelo princípio orirentador de que se dirigem, predominantemente, aos jovens e cidadaãos mais carenciados. Por isso serão sempre acordados tendo em vista a especificidade de cada ''caso''.</span></strong></div><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">Afinal não somos ninguém. Somos a voz dos que intuiram já que a ineficácia do sistema educativo português não encontrará soluções que produzam a equidade de oportunidades entre os portugueses e o seu equitativo sucesso.</span></strong></div><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><strong><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span></strong><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">Manuel de Castro Nunes </span></strong></div>Manuel de Castro Nuneshttp://www.blogger.com/profile/13895475298284976906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092679738352037401.post-40283409274330095852010-11-02T06:18:00.000-07:002010-11-02T06:18:52.082-07:00Porque quero os ‘’maus alunos’’, simplesmente.<div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Continuo a ser professor porque gosto deles e os quero, aos ‘’maus alunos’’. Àqueles mesmo maus, em que a maldade que lhes é assinalada parece quase como um raio, desfrechado pelo céu em cólera, para os atingir antes mesmo de existirem na vontade de seus pais.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong></strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Fiquem vossemecês com os bons, aqueles dóceis meninos de lacinho ao pescoço e bibe de cambraia, bem amestrados, que reproduzem tudo o que dizeis e ainda, talvez, vos ofereçam ramos de rosas.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Eu quero aos maus. Quero aprender também.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Quero compreender porque são maus. Não creio nas mentiras dos tratado em voga. Aqueles que, recorrendo à ‘’ciência’’ da moda, que já analisou e caracterizou a maldade, atribuiu aos ‘’maus’’ alunos a maldade transversal da pessoa. Que mitigam o remorso de consciência porque já provaram que os ‘’maus’’ alunos são más pessoas, trazem a maldade inscrita no código genético, ou social.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>E sei que a ‘’ciência’’ é muito árdua para contestar, armadilhada e couraçada com requintes de argumentos intrespassáveis, onde converge a genética, a neurologia a assediar a psicologia e a etnografia, a sociologia, enfim, um concerto de cordas bem afinadas. Por isso, os ‘’maus alunos’’ são como os cavalos maus ou os cães traiçoeiros, sempre prestes a ‘’morder a mão do dono’’.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Mas eu quero-os porque sei porque são ‘’maus’’.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Fiquem pois vossemecês com os bons. E dêem reguadas e caneladas nos ‘’maus’’. Coloquem-lhes uma estrela amarela na lapela.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>E deixem-me ficar com eles. Porque acredito que são os melhores, simplesmente. Porque para lá de eu querer que sejam bons, me ensinam a compreender como a sociedade e a escola produzem os bons e os maus e retalham a humanidade.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"><strong></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Eu amo os ‘’maus’’ alunos. Os bons têm a benesse de amores que sobejam.</strong></span></div>Manuel de Castro Nuneshttp://www.blogger.com/profile/13895475298284976906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092679738352037401.post-61691720167242045842010-09-27T09:24:00.000-07:002010-09-27T19:22:25.151-07:00Um espaço de debate e partilha. Retomando questões epistemológicas.<strong><span style="color: red;">Neste espaço, para lá da informação operacional orientada especificamente para intervir na aprendizagem da língua, pretendemos também reabrir debates cruciais para a avaliação do papel da ''língua materna'' no processo de aquisição de conhecimento e como suporte de toda a formulação de raciocínio.</span></strong><br />
<strong><span style="color: red;">Temas de grande complexidade, sobretudo quando se cruzam com a avaliação do papel estruturante de outras linguagens, como a visual ou gestual, devem suportar uma consolidação de todos procedimentos no contexto das práticas educativas e de aprendizagem.</span></strong><br />
<strong><br />
<span style="color: red;"></span></strong><br />
<strong><span style="color: red;">Deixamos a ligação para um texto sintético de introdução às matérias envolvidas.</span></strong><br />
<br />
<a href="http://cognet.mit.edu/library/books/mitpress/0262041979/cache/chap1.pdf">http://cognet.mit.edu/library/books/mitpress/0262041979/cache/chap1.pdf</a>Manuel de Castro Nuneshttp://www.blogger.com/profile/13895475298284976906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092679738352037401.post-6904791458646946722009-10-07T10:35:00.000-07:002010-09-27T17:47:10.476-07:00<div style="text-align: center;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>Oficina da Língua</em></strong></span></div><span style="color: red;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<div style="text-align: justify;"><strong><span style="color: red; font-family: Times; font-size: large;">Muito se fala da Língua Portuguesa, do seu papel no reforço identitário da Nação, no seu papel aglutinador no âmbito de uma comunidade de utilizadores transcontinental, do seu papel como recurso dinâmico no reforço do estímulo da presença de Portugal num mundo global, de património, de culto.</span></strong><br />
<strong><span style="color: red; font-family: Times; font-size: large;">Cerimónias e episódios cénicos. Divulgam-se excertos dos ''maiores'', descontextualizados e em cúmulo, e assim se pensa que o culto fica realizado e desobrigado.</span></strong><br />
<strong><span style="color: red; font-family: Times; font-size: large;">E a língua progressivamente se degrada, porque não é só um monumento a preservar, mas um recurso transversal de cultura e comunicação para criar. Aqui estou em lamento, quase em <em>requiem</em>, porque a minha língua me parece já uma efeméride.</span></strong><br />
<strong><span style="color: red; font-family: Times; font-size: large;">Por isso esta ''oficina'' tem por intuito requalificar a relação com a língua como um impulso para a igualdade entre os seus legítimos herdeiros, promovendo o seu mais qualificado uso como utensílio indispensável à aquisição da personalidade e identidade, à aprendizagem e à transmissão e renovação do conhecimento, ao exercício da cidadania, à comunicação em todos os contextos, ao desenvolvimento social e cultural, enfim, à revolução das mentalidades.</span></strong><br />
<strong><span style="color: red; font-family: Times; font-size: large;">Porque todos têm o direito de escrever com a alma uma carta de amor, habilitados com os mais adequados meios para a tornarem legível, ou audível.</span></strong><br />
<span style="color: red; font-family: Times; font-size: large;"><strong>E se o mundo está dividido em pobres e ricos, tanto em bens materiais como de espírito, que a língua, pelo menos, pertença a todos. Porque do seu qualificado uso talvez brote a atenuação das diferenças. E a língua integra o pecúlio das ''<em>res publicae</em>'', bens comuns.</strong></span></div>Manuel de Castro Nuneshttp://www.blogger.com/profile/13895475298284976906noreply@blogger.com1